Em minha formação passei por diversas escolas e conheci maneiras diferentes de se pensar a Fonoaudiologia. Obviamente, após me tornar Pedagoga, ainda passei por mais uma revisão de minha prática.
Ser Fonoaudióloga me melhorou como Pedagoga.
Ser Pedagoga me melhorou como Fonoaudióloga.
Ser mãe me melhorou enquanto profissional e pessoa.
Mas e se eu somente tivesse uma formação universitária e não fosse mãe? Então eu seria uma profissional medíocre? Sim e não...
Olhando para a minha biblioteca particular, eu encontro livros que vão da Psicanálise a Desenvolvimento Pessoal. Passando por testes de linguagem, livros de orientação aos pais, livros religiosos, entre outros.
Graças a essa heterogeneidade literária, posso trabalhar processos terapêuticos fonoaudiológicos através de propostas metalinguísticos mas, também, sou capaz de usar da atividade dialógica, levando a criança a construir e/ou reconstruir seu discurso.
Os estudos nos fazem olhar para A criança e não para UMA criança.
Isso muda tudo...
O efeito colateral: o profissional e a família julgam que a criança está pronta para a alta quando o código linguístico está adequado. Porém, o processo interno ainda está acontecendo. Sempre estará.
Como se tirássemos a criança do parquinho porque ela já brincou em todos os brinquedos e já deu a nossa hora. Mas ela ainda gostaria de se pendurar no trepa trepa de um jeito diferente ou até se arriscar no balanço com maior velocidade.
Assim, minha fala tem sido: "Parabéns, você não precisa mais da minha ajuda! A partir daqui você consegue seguir". E o entrego para o mundo..."consertado".