Foto: http://www.inpes.sante.fr/
Em 17 de novembro de 2004, o Institut National de Prévention et d’Éducation pour la Santé – Inpes da França lançou uma nota de divulgação do livro “A evolução de linguagem na criança: da dificuldade ao distúrbio”.
Esse livro, que visava esclarecer aos profissionais na saúde e, sobretudo, aos profissionais da educação a importância de se identificar e tratar precocemente os distúrbios de linguagem foi distribuído gratuitamente em grande quantidade.
Isso mostra uma preocupação do governo francês para aquilo que ele chama de “um problema de saúde pública”, os distúrbios de linguagem.
Vale ler uma parte dessa nota de divulgação (lembrando que as informações contidas são as que constam no livro e correspondem à realidade francesa!!!!!!):
Os distúrbios de linguagem: do que se tratam?
Os distúrbios específicos de linguagem se referem a dificuldades de aquisição de linguagem oral e escrita por crianças que não apresentam nenhum déficit intelectual nem distúrbios sensorais.
Em termos de prevalência, esses distúrbios concernem de 4 à 5% de crianças por faixa etária e, entre essas, 1 % dessas crianças são atingidas de forma severa. Uma faixa etária conta com um número entre 700 mil e 750 mil crianças, o que significa que por volta de 30 mil apresentam um distúrbio de linguagem mais ou menos importante e que de 5 a 6 mil são seriamente comprometidas. Dizendo de outra maneira, uma entre duas crianças seriam atingidas, sem que esse distúrbio seja necessariamente identificado como tal. Trata-se, então, de uma verdadeira questão de saúde pública.O plano de ação governamental (“governo francês”), apresentado em março de 2001, propõe 28 medidas a serem colocadas em prática pelo ministério da saúde e pelo ministério da educação nacional para melhorar a identificação e o diagnóstico das crianças portadoras de um distúrbio de linguagem. É nesse sentido que o INPES trabalha para colocar em prática um plano de comunicação que se destina aos profissionais e ao público em geral.
Os Distúrbios Específicos de Linguagem são distúrbios pouco conhecidos e os profissionais (professores, médicos e paramédicos) são pouco informados sobre eles. Essa falta de conhecimento pode ter conseqüências dramáticas para o futuro de certas crianças. Mal identificadas e mal orientadas, essas crianças se encontram na maior parte em situação de insucesso escolar e devem enfrentar, na idade adulta, uma dura realidade de inserção profissional e social. Sem falar nos problemas psicológicos que essa falta de compreensão pode acarretar, uma vez que podem ser rotulados como “preguiçosos” e de “instáveis”, enquanto que seu real desejo é de ter sucesso e fazer bem suas atividades.
A identificação precoce consiste então em reduzir os efeitos do distúrbio sobre a vida escolar e social da criança. É o momento onde alguém diz que “alguma coisa não está bem com a linguagem da criança”. Os professores da educação infantil são observadores privilegiados da evolução da linguagem da criança e da aparição de dificuldades. Atualmente trata-se de promover a identificação e lhe dar uma legitimidade. [vê-se aqui uma ligação com a minha pesquisa de Dissertação de Mestrado postada anteriormente!!!]Uma criança que acaba de ser identificada deveria ser dirigida ao médico escolar (na França existe esse profissional) ou outro profissional capaz de realizar o diagnóstico. Em caso de confirmação de um distúrbio de linguagem, seria conveniente efetuar as avaliações complementares que permitiriam nortear a ação dos profissionais.
O objetivo do plano de comunicação do Impes é, então, fazer progredir o conhecimento sobre os distúrbios específicos de linguagem, especialmente entre os profissionais da educação e da saúde, a fim de reduzir o número de crianças não diagnosticadas ou diagnosticadas tardiamente. (...)
[texto original: http://www.inpes.sante.fr/70000/dp/04/dp041117.pdf].
Esse livro, que visava esclarecer aos profissionais na saúde e, sobretudo, aos profissionais da educação a importância de se identificar e tratar precocemente os distúrbios de linguagem foi distribuído gratuitamente em grande quantidade.
Isso mostra uma preocupação do governo francês para aquilo que ele chama de “um problema de saúde pública”, os distúrbios de linguagem.
Vale ler uma parte dessa nota de divulgação (lembrando que as informações contidas são as que constam no livro e correspondem à realidade francesa!!!!!!):
Os distúrbios de linguagem: do que se tratam?
Os distúrbios específicos de linguagem se referem a dificuldades de aquisição de linguagem oral e escrita por crianças que não apresentam nenhum déficit intelectual nem distúrbios sensorais.
Em termos de prevalência, esses distúrbios concernem de 4 à 5% de crianças por faixa etária e, entre essas, 1 % dessas crianças são atingidas de forma severa. Uma faixa etária conta com um número entre 700 mil e 750 mil crianças, o que significa que por volta de 30 mil apresentam um distúrbio de linguagem mais ou menos importante e que de 5 a 6 mil são seriamente comprometidas. Dizendo de outra maneira, uma entre duas crianças seriam atingidas, sem que esse distúrbio seja necessariamente identificado como tal. Trata-se, então, de uma verdadeira questão de saúde pública.O plano de ação governamental (“governo francês”), apresentado em março de 2001, propõe 28 medidas a serem colocadas em prática pelo ministério da saúde e pelo ministério da educação nacional para melhorar a identificação e o diagnóstico das crianças portadoras de um distúrbio de linguagem. É nesse sentido que o INPES trabalha para colocar em prática um plano de comunicação que se destina aos profissionais e ao público em geral.
Os Distúrbios Específicos de Linguagem são distúrbios pouco conhecidos e os profissionais (professores, médicos e paramédicos) são pouco informados sobre eles. Essa falta de conhecimento pode ter conseqüências dramáticas para o futuro de certas crianças. Mal identificadas e mal orientadas, essas crianças se encontram na maior parte em situação de insucesso escolar e devem enfrentar, na idade adulta, uma dura realidade de inserção profissional e social. Sem falar nos problemas psicológicos que essa falta de compreensão pode acarretar, uma vez que podem ser rotulados como “preguiçosos” e de “instáveis”, enquanto que seu real desejo é de ter sucesso e fazer bem suas atividades.
A identificação precoce consiste então em reduzir os efeitos do distúrbio sobre a vida escolar e social da criança. É o momento onde alguém diz que “alguma coisa não está bem com a linguagem da criança”. Os professores da educação infantil são observadores privilegiados da evolução da linguagem da criança e da aparição de dificuldades. Atualmente trata-se de promover a identificação e lhe dar uma legitimidade. [vê-se aqui uma ligação com a minha pesquisa de Dissertação de Mestrado postada anteriormente!!!]Uma criança que acaba de ser identificada deveria ser dirigida ao médico escolar (na França existe esse profissional) ou outro profissional capaz de realizar o diagnóstico. Em caso de confirmação de um distúrbio de linguagem, seria conveniente efetuar as avaliações complementares que permitiriam nortear a ação dos profissionais.
O objetivo do plano de comunicação do Impes é, então, fazer progredir o conhecimento sobre os distúrbios específicos de linguagem, especialmente entre os profissionais da educação e da saúde, a fim de reduzir o número de crianças não diagnosticadas ou diagnosticadas tardiamente. (...)
[texto original: http://www.inpes.sante.fr/70000/dp/04/dp041117.pdf].